Tentar fixar na pele uma paixão, um momento, uma filiação, é inútil. As coisas passam, elas nos escapam. E aquelas que realmente permanecem estão tão fundas dentro de nós, tão entranhadas, que dispensam adereços e representações. Eu diria que as coisas essenciais não precisam ser tatuadas - e que as coisas que precisam ser tatuadas não são essenciais. Mas dêem um desconto no meu ponto de vista: eu sempre fui apaixonado por cadernos em branco.
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