A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.
O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.
Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades.
E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa.
As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado.
Cada cérebro é único.
Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.
Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
como?
Não estou falando de um mundo cor-de-rosa ou de pessoas perfeitas, sempre prontas para nos acolher, amar, caminhar ao nosso lado. Não falo disso, mas da tristeza nos olhos de quem vira as costas e a gente não vê. A beleza por dentro de um peito encouraçado que a gente não sente. A solidão de quem afasta um amor e se deita em camas tão frias. É do instante quando os olhos se perdem no nada e nenhuma mentira é capaz de enganar a si mesmo. É desse instante solitário, desse instante sem abraço, que eu digo. Todo mundo vai virar as costas ou dizer que merece coisa melhor ou debochar das mentiras que eles contaram… mas a gente pode sempre voltar e acolher com amor, ser os primeiros a começar. Afinal, se a hostilidade do mundo despertar a nossa, quem vai ser o primeiro a sorrir?
sábado, 21 de janeiro de 2012
Culpado ou responsável?
Um de seus achados de percepção é desenvolver as diferenças entre culpa e responsabilidade. Por mais que soem parecidos, não são sinônimos.
Culpa é se isentar da ação, como se não tivesse envolvimento com as escolhas da própria vida. Responsabilidade é aceitar a vida como aconteceu - ainda que não tenha sido perfeita.
Quem é culpado vai adiar um prazer inúmeras vezes, é capaz de reclamar do trabalho e não mexer uma vírgula para mudar de emprego, criticar seu marido ou mulher e manter a rotina do jeito que não gosta para permanecer praguejando.
É mais confortável se portar como culpado do que assumir os próprios desejos. Há gente que desabafa que não tem tempo para os filhos, mas não reivindica seu tempo, não abre seu tempo e procura encontrar desculpas externas para não ser criticado
Então, a culpa traz uma dupla fantasia: de controle, em que a pessoa se vê geradora do que de ruim acontece em sua volta, e de fatalidade, em que não se sente apta a modificar o comportamento.
O culpado não faz por mal, ele mente para si e para os outros, é um enganado e um enganador. Sua atitude garante benefícios, senão não seria largamente adotada: preserva a idealização, cria amizades pela dependência do sofrimento e anula a autoridade de suas opções.
Imaginamos que mentindo para si os demais não descobrirão. Precisa ter muita coragem para assumir seus erros e falhas...e entender que tudo que plantamos colhemos...sempre penso que é fácil culpar o outro pelas ausências, explosões e sumiços..difícil é concluir que isso foi você mesmo que plantou...quando sufocou, quando não ouviu, quando preferiu fazer uma cara feia e silenciar à falar a verdade
É uma espécie de transe, de glorificação da vítima, de coitadismo insaciável; o problema passa a ser eternamente alheio, do governo, dos pais, do casamento, do mercado de trabalho, do trânsito...nunca eu, porque eu sou onipotente demais para errar...
Na terapia, o culpado não procura ajuda, e sim um fiador, quer que concordemos com seus motivos para continuar sofrendo em vão e fazendo aquele papel de vítima tão insuportável. Chega com a alma vendida. A terapia é o oposto: a arte de restituir a uma pessoa a alma que ela tem.
A devolução da alma se desenrola pelo caminho da simplicidade: admitir o tamanho da experiência, acolher os defeitos e as falhas, permitir-se essencialmente errar, tentar consertar enquanto é tempo e seguir adiante. Não ser superior ao passado e ao outro, mas se contentar com o possível, o deliciosamente possível.
espero que tenhas o brilho malandro de alguém que desvendou a verdade, recusando atalhos e assumindo suas vivências. Um homem que trocou o poder de ser o dono da razão por um que aceita suas insconstâncias...
Culpa é se isentar da ação, como se não tivesse envolvimento com as escolhas da própria vida. Responsabilidade é aceitar a vida como aconteceu - ainda que não tenha sido perfeita.
Quem é culpado vai adiar um prazer inúmeras vezes, é capaz de reclamar do trabalho e não mexer uma vírgula para mudar de emprego, criticar seu marido ou mulher e manter a rotina do jeito que não gosta para permanecer praguejando.
É mais confortável se portar como culpado do que assumir os próprios desejos. Há gente que desabafa que não tem tempo para os filhos, mas não reivindica seu tempo, não abre seu tempo e procura encontrar desculpas externas para não ser criticado
Então, a culpa traz uma dupla fantasia: de controle, em que a pessoa se vê geradora do que de ruim acontece em sua volta, e de fatalidade, em que não se sente apta a modificar o comportamento.
O culpado não faz por mal, ele mente para si e para os outros, é um enganado e um enganador. Sua atitude garante benefícios, senão não seria largamente adotada: preserva a idealização, cria amizades pela dependência do sofrimento e anula a autoridade de suas opções.
Imaginamos que mentindo para si os demais não descobrirão. Precisa ter muita coragem para assumir seus erros e falhas...e entender que tudo que plantamos colhemos...sempre penso que é fácil culpar o outro pelas ausências, explosões e sumiços..difícil é concluir que isso foi você mesmo que plantou...quando sufocou, quando não ouviu, quando preferiu fazer uma cara feia e silenciar à falar a verdade
É uma espécie de transe, de glorificação da vítima, de coitadismo insaciável; o problema passa a ser eternamente alheio, do governo, dos pais, do casamento, do mercado de trabalho, do trânsito...nunca eu, porque eu sou onipotente demais para errar...
Na terapia, o culpado não procura ajuda, e sim um fiador, quer que concordemos com seus motivos para continuar sofrendo em vão e fazendo aquele papel de vítima tão insuportável. Chega com a alma vendida. A terapia é o oposto: a arte de restituir a uma pessoa a alma que ela tem.
A devolução da alma se desenrola pelo caminho da simplicidade: admitir o tamanho da experiência, acolher os defeitos e as falhas, permitir-se essencialmente errar, tentar consertar enquanto é tempo e seguir adiante. Não ser superior ao passado e ao outro, mas se contentar com o possível, o deliciosamente possível.
espero que tenhas o brilho malandro de alguém que desvendou a verdade, recusando atalhos e assumindo suas vivências. Um homem que trocou o poder de ser o dono da razão por um que aceita suas insconstâncias...
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
eu...
Sou a filha caçula. Ansiosa. Pisciana. Tímida. Mulher idependente. A psicóloga da família. Não gosto de pessoas efusivas, elas não são confiáveis. Nem aquelas que parece felizes demais, sorriem demais e fazem questão de colocar nas redes sociais. Gosto de ler Clarice, apesar de não entender alguns de seus contos. Sou uma pessoa complexa. Já quis ser médica e já pensei em ser comissária. Falo muito. Gosto de ver as pessoas sendo. Poucas pessoas me encantam. Não gosto de muita gente. E não tenho saco para social...Sou daquelas que nunca esquece um rosto. Posso até não lembrar seu nome, mas lembrarei de você por muito tempo. Sou estranha, mas quem não é? Gosto de música. Eu não sorrio para estranhos. Gosto do sotaque dos pernambucanos. Não suporto pessoas com papos intelectuais demais, me cansa esse papinho. Eu casaria com o Chico e pegaria o Rafael Cortez – era só ele querer. Tenho medo de magoar as pessoas que eu amo. Tenho medo de perdê-las. Acredito, sim, em Deus...Ele me deu tantas provas que joga no meu time que só de lembrar, me arrepia. Casarei. Ter filhos? Maybe....esse sonho foi e voltou tantas vezes....
Já participei do Free Hugs. Gosto de trocadinhos. Não sou sarcástica, muito menos irônica. Me irrita gente irônica....falando em irritação....precisar repetir pensamentos e pontos de vistas é um espancamento psicológico pra mim...Eu escravizo quem eu gosto...pq eu ligo, eu converso, eu gosto de perguntar....(sou perguntelha assumida) Converso com o espelho. Falo sozinha. Não gosto de msn ou chats Então me ligue, me abrace....é bem melhor. Coisa chata esse chats..sou como pleonasmo Sou chorona não-assumida, sempre me faço de durona, mas o travesseiro conhece meus dramas...Mattinho tb...já enxugou alguma lágrima. No fundo sou a mais sentimental, mas só mostro isso pra quem eu acho que pode me compreender. Sou viciada em internet. Adoro rir com os horários eleitorais. Queria saber tocar piano e violino. Pessoas me odeiam antes de me conhecer. Não tenho cara de simpática...às vezes me orgulho disso... Gosto de animais. Tenho ciúmes estranhos..eles surgem do nada e quase me matam....queima meu peito. Já me encontrei com amigos virtuais e eles nem eram tarados pervertidos, nem psicopatas perversos. Sinto saudades demais da conta....das pessoas, do que já vivi....até do meu cachorro quando vou trabalhar, das pessoas que moram longe, da infância......
Julgo pessoas por comunidades do orkut, traço perfis...hehehe... Caio Fernando me entenderia. Já quebrei o braço e o nariz, espólio de uma infância feliz.
Sou desastrada. Já perdi um celular e afoguei outro..como diz meu pai, eu deveria trabalhar na área da qualidade de fabricantes de celular..se o celular sobreviver comigo é de excelente qualidade. Amo meus pais. Amigos? Tenho poucos...coleciono pessoas de valor e na minha vida conto eles em uma mão, mas valem pelo Maracanã lotado. Confesso que são poucos que agüentam um pouco desse meu lado kamikaze acima relatado.....Deveria ser verdade que os amigos não se perdem. Por que pessoas legais moram longe? Gosto de ler blogs, e agora tenho um. Atualizo sempre que posso isso aqui. Acho que estou em eterna mudança, sabe? Sou um pouco surda... Gosto de olhar o mar. Eu não sou muito legal, não...quando ataco de psicóloga....credo....imagina quando bebo, então...na última vez que fiz isso, das 5 pessoas, 2 foram pra terapia...de acordo com Fernanda Young : ‘se sou chata, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham uma chata, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho’. Sou Crítica. Enjoada. Observadora e distraída. Ainda tá ai ? rsrsrsrs....welcome!
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
desejos para 2012
O que espero para 2012?
Reconhecer o momentos que estarei feliz...Pois, a vida de ninguém é repleta de momentos perfeitos. E se fosse, não seriam momentos perfeitos, seriam apenas normais. Como você poderia saber o que é a felicidade se nunca tivesse experimentado as quedas?
Reconhecer o momentos que estarei feliz...Pois, a vida de ninguém é repleta de momentos perfeitos. E se fosse, não seriam momentos perfeitos, seriam apenas normais. Como você poderia saber o que é a felicidade se nunca tivesse experimentado as quedas?
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
saudades
Tem dias que a saudade aperta...e queria vc aqui na Terra...não precisava ser do lado...mas que pudesse ligar, te acessar...
Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. A Lu era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de minha prima, para me falar de amor...
Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. A Lu era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de minha prima, para me falar de amor...
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